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O Ministério Público havia informado que R$ 5 milhões foram
apreendidos na casa do ex-secretário em Itaipava, na região
serrana. Cerca de R$ 7 milhões estavam em reais e o restante em
dólares americanos, euros e libras esterlinas. O MPRJ, no entanto, ainda não detalhou os locais onde
toda a quantia foi apreendida.
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O
Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro apreendeu um total de R$ 8,5
milhões durante a Operação Mercadores do Caos, na qual o ex-secretário de Saúde do
Rio Edmar Santos foi preso nesta sexta-feira (10).
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RESIDÊNCIA DO EX-SECRETÁRIO DE SAÚDE EDMAR SANTOS |
De acordo com o Grupo de Atuação
Especializada no Combate à Corrupção, desse montante, cerca de R$ 7 milhões
estavam em reais e o restante em dólares americanos, euros e libras esterlinas.
De acordo com o órgão, os valores foram
entregues espontaneamente por um dos investigados, que estava acompanhado de
seu advogado. O MPRJ, no entanto, ainda não detalhou os locais onde toda a
quantia foi apreendida. Na noite desta sexta, em uma contagem preliminar, o
Ministério Público havia informado que R$ 5 milhões foram
apreendidos na casa do ex-secretário em Itaipava, na região
serrana.
A quantia foi encaminhada ao Instituto de
Criminalística Carlos Éboli (ICCE) e será depositada em judicial do Banco do
Brasil. A contagem dos valores terminou apenas na madrugada deste sábado (11).
De acordo com a denúncia, Edmar Santos
vai responder por peculato – corrupção cometida por funcionário público – e
organização criminosa.
Prisão em Botafogo
IMAGENS: BAND TV
Santos foi preso em casa na manhã desta sexta-feira (10/07), em Botafogo, na Zona Sul
do Rio. Após ser levado à Cidade da Polícia e, em seguida, ao Instituto Médico
Legal, o ex-secretário foi conduzido à Unidade Prisional da PM, em Niterói,
Região Metropolitana do Rio.
O ex-secretário é investigado por suspeitas de irregularidades
nos contratos de Saúde do RJ durante a pandemia de Covid-19, e deverá responder
por peculato – corrupção cometida por funcionário público – e organização
criminosa, segundo o MPRJ.

Áudios reforçam acusação
Os promotores apresentaram provas de que o próprio ex-secretário fazia a interface
com empresas interessadas em contratar com a secretaria. Em certas ocasiões,
diz o MPRJ, Santos realizava prévia indicação daqueles que seriam contratados
em processos administrativos que estavam por vir.
Em uma conversa de áudio no celular de Neves, Edmar Santos
determinava a criação de uma “lista secreta” daqueles que seriam fornecedores
da pasta.
"(...)Mapeia para mim todos os endereços de depósito de
distribuidor de medicamento, distribuidor de material médico e distribuidor de
equipamento aqui no Rio de Janeiro. Cara, todos esses endereços de depósito,
deixa uma lista aí secreta contigo. Só eu e você vamos ter acesso a isso",
instruiu Santos a Gabriell Neves, ex-subsecretário que também está preso.
R$ 1 bilhão em contratos
emergenciais
Além disso, há suspeitas de irregularidades nos contratos
firmados sem licitação. Entre eles, o de compra de respiradores, oxímetros e
medicamentos e o de contratação de leitos privados. O governo do RJ gastou R$ 1
bilhão para fechar contratos emergenciais.
Dos 1 mil respiradores comprados pela pasta, apenas 52 foram
entregues e não serviam para pacientes com Covid-19. Os contratos foram
firmados com três empresas, também investigadas.Outros 97 aparelhos chegaram no
fim de junho e estão no terminal de cargas do Aeroporto Internacional Tom Jobim,
encalhados.
REPORTAGEM: Marcos Dias / Blog Miracema em Foco News
REPORTAGEM: Marcos Dias / Blog Miracema em Foco News
FONTE: G1
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